Um único container de aproximadamente 180MB, configurado para servir arquivos estáticos e aplicações PHP sobre a stack LEPP ( Linux + NGINX + PHP-FPM + PostgreSQL ). Já possui o composer pronto para ser usado no diretório de trabalho e o xdebug habilitado pronto para ser facilmente configurado e utilizado.
Agora que já sabe do que se trata, bora pegar um ☕ e colocar as mãos na massa!
É necessário possuir o docker devidamente instalado, para isso poderá escolher a plataforma utilizada nessa página e seguir os passos da instalação. Não esqueça de reiniciar o sistema operacional após a instalação ser concluída.
Você pode usar essa configuração Docker, como ambiente de desenvolvimento em projetos que utilizem PHP e PostgreSQL. A estrutura de arquivos e pastas está da seguinte forma:
./
├── php/ # arquivos de configuração do docker
│ ├── config/
│ │ ├── nginx.conf
│ │ ├── php.ini
│ │ └── start
│ │
│ ├── DockerFile-php7
│ └── DockerFile-php8
│
├── src/ # base de código inicial
│ ├── public/
│ │ └── index.php
│ │
│ └── index.html
│
├── .env-example
├── .gitignore
├── docker-compose.yaml-example
└── README.md
É possível usar essa configuração de 2 formas. A primeira é criando uma imagem do dockerfile e então roda-la em um container. A segunda é usar uma configuração do docker-compose para facilitar as configurações necessárias no momento da inicialização do container. Então vamos ver como usar as 2 formas:
Antes de mais nada, renomeie o arquivo .env-example
na raiz do diretório para .env
. Ele já possui uma configuração básica inicial para você testar sem ter que alterar qualquer diretiva, mas depois de configurado, será possível servir 3 domínios locais sendo um localhost contendo o resultado da função phpinfo()
, uma aplicação PHP com domínio local personalizado, e outra aplicação estática também com domínio personalizado. Mas para melhor entendimento aqui está a lista de configurações possíveis do .env
:
-
HOST_API
- Domínio local para acessar a aplicação PHP através do browser ( Esse domínio também deve estar no arquivo hosts do sistema operacional ) -
HOST_APP
- Domínio local para acessar a aplicação estática através do browser -
HOST_API_DIR
- Diretório local onde está localizado seu projeto PHP -
HOST_APP_DIR
- Diretório local onde está localizado sua aplicação estática / frontend -
HOST_NGINX_PORT
- Porta local que será redirecionada para a porta 8080 do container ( O container será inicializado com usuário sem privilégios de root, por isso o Nginx está configurado para escutar a 8080 ao invés da porta 80 ) -
HOST_PG_PORT
- Porta local que será redirecionada para a porta 5432 do container ( PostgreSQL ) -
PHP_DIR
- Define a versão do PHP que será utilizada php7 ou php8 até o momento -
XDEBUG_HOST
- Host remoto que o xDebug usará para conexão ( IPv4 do computador local na rede atual ) -
XDEBUG_PORT
- Porta remota que o xDebug usará para conexão -
XDEBUG_IDE_KEY
- Chave de sessão utilizada para conexão ( o padrão para o VScode e PHPStorm sãovscode
ePHPSTORM
respectivamente ) -
DB_DATABASE
- Nome da base de dados que o postgres vai criar -
DB_USERNAME
- Nome do usuário que o postgres vai criar -
DB_PASSWORD
- Senha do usuário que o postgres vai criar
Obs.: A aplicação PHP que chamei de api é a aplicação padrão que será servida pelo container, então o diretório de trabalho padrão no container será a raiz desse projeto ( /var/projects/api ) e é esperado que o início da aplicação ( index.php ) esteja no subdiretório ./public seguindo a estrutura de arquivos utilizada pelo Laravel Framework.
Para conseguir rodar essa imagem num container é necessário montar a localmente para depois poder usá-la e para isso usamos o comando do docker docker build -t <image-name>:<image-tag> <dokerfile-dir>
como o exemplo a baixo:
docker build -t web-server:php7-nginx-pgsql \
./php7
Com a imagem montada podemos rodar o container com o comando do docker docker run <options> <image>:<image-tag>
. Para as opções desse comando vamos usar estes:
-d
-p
|--ports <local-port>:<container-port>
--env-file <env-file-path>
--name <container-name>
Um exemplo para rodar o container com a configuração inicial é o comando abaixo:
docker run -d \
--env-file .env \
-p 80:8080 \
--name web-server \
web-server:php7-nginx-pgsql
Acessando o localhost em seu navegador ou o IP 127.0.0.1 já deverá ser possível ver as informações do PHP que está sendo utilizado geradas pela função phpinfo();
. Mas para rodar um container com suas aplicações será necessário informar onde elas estão localmente, então vamos usar mais uma opção:
-v
|--volume <local-path>:<container-path>
Um exemplo seria o comando a baixo:
docker run -d \
--env-file .env \
-v ~/path/to/api-code-base:/var/projects/api \
-v ~/path/to/app-code-base:/var/projects/app \
-p 80:8080 \
-p 5432:5432 \
--name web-server \
web-server:php7-nginx-pgsql
Note que agora estou passando dois diretórios com a flag -v que vai usar o conteúdo do diretório local no diretório remoto do container informado depois do :
. Além disso também estou usando a flag -p para informar que a porta 5432 local deve ser redirecionada para a porta 5432 remota do container, isso é necessário quando utilizar um SGBD como o PgAdmin 4 para manipular o banco de dados localmente.
Agora você já sabe como inicializar um container usando uma imagem montada manualmente, parabéns!
Depois de configurar o arquivo .env
conforme especificado antes na seção Detalhes do repositório
, basta usar o comando docker-compose up -d
para que o container seja inicializado com todas as opções do arquivo .env ... Fácil, não é?!
Os serviços do container como php, psql, composer e etc poderão ser usados diretamente do seu terminal local usado pela IDE com o comando docker exec <options> <container-name> <command>
. Alguns exemplos:
docker exec -it web-server php -v
docker exec -it web-server postgres --version
docker exec -it web-server psql -U postgres
docker exec -it web-server psql <dbname> <pguser>
docker exec -it web-server composer install
OBS.: A flag -it
é usada para informar que a saída do comando no terminal local deverá ser interativo, ou seja, deverá se comportar exatamente como se estivesse no console do próprio container.
Com a diretivas do arquivo .env configuradas, o xdebug vai estar configurado para se conectar ao host remoto, mas para que tudo funcione conforme esperado é necessário configurar a IDE para abrir uma sessão de debug quando desejado e o xDebug conseguir estabelecer conexão com a IDE.
No VScode com a extensão PHP Debug instalada, o arquivo .vscode/launch.json
deve possuir as propriedades port
e pathMappings
que vão ser usadas para criar um server local para debug. Em port
deve ser configurado a mesma porta configurada no arquivo .env, e em pathMappings
devem ser informados os diretórios remoto e local que serão mapeados com a raiz do projeto PHP.
"configurations": [
{
"name": "xDebug",
"type": "php",
"request": "launch",
"port": 9000,
"pathMappings": {
"/var/projects/api":"${workspaceRoot}"
}
}
]
O padrão é "pathMappings": { "<container-path>":"<local-path>" }
No PHPStorm é necessário cadastrar ou alterar um server local de debug para ser usado nas sessões de debug. Nesse caso, com o Projeto aberto no PHPStorm, acesse o menu de debug no canto superior direito e selecione a opção Edit configurations
, a tela de configurações gerais de debug será aberta.
Clique no botão +
no canto superior esquerdo, selecione o tipo PHP Remote Debug
, e configure as opções abaixo:
Name
- Nome do server de debug, padrão é xDebugHost
- Host que vai criar a sessão de debug, padrão é 127.0.0.1Port
- Porta que a sessão de debug escutará, a mesma configurada no arquivo .envDebugger
- Xdebug
Obs.: É necessário marcar a opção Use path mappings
para mapear o diretório local para o diretório remoto do projeto PHP.
Depois de configurar as opções, na tela de configurações gerais de debug é possível marcar a opção Filter debug connection by IDE key
, selecionar o Server
que foi cadastrado e informar a IDE Key
que será utilizada na sessão de debug no Xdebug, a mesma que foi configurada no arquivo .env.
☕ ☕ ☕
Com essa configuração docker você estará desenvolvendo com um ambiente linux, então os arquivos do seu projeto PHP devem obrigatóriamente ter os delimitadores | line endings no padrão unix (LF). Então se você usa o Windows no dia a dia, é importante que configure o git para usar sempre esse padrão por executar o comando abaixo:
git config --global core.autocrlf input
Caso você esteja usando o WSL 2 no windows, será necessário configurar a diretiva xdebug.remote_host
sempre que reiniciar o Windows, pois o IP do WSL é alterado toda vez que o Windows é reiniciado. Poderá ser mais cômodo usar um shell script para alterar essa configuração manualmente no container através do WSL. Para isso crie um arquivo com o conteúdo a baixo e torne-o executável:
sudo vi /bin/xdebug-conf
IP=`ip route | awk '/default/ { print $3 }'`
docker exec -it $1 sed -i -E "s|xdebug.client_host=?.+|xdebug.client_host=$IP|" /etc/php8/conf.d/custom_php.ini
docker exec -it $1 sed -i -E "s|xdebug.client_port=?.+|xdebug.client_port=9000|" /etc/php8/conf.d/custom_php.ini
docker exec -it $1 sed -i -E "s|xdebug.idekey=?.+|xdebug.idekey=vscode|" /etc/php8/conf.d/custom_php.init
docker exec -it $1 rm /run/php8/php-fpm.sock
docker exec -it $1 php-fpm8
sudo chmod +x /bin/xdebug-conf
Feito isso, com o container rodando basta usar o comando xdebug-conf <container-name>
xdebug-conf web-server
Espero que tenha gostado do conteúdo. Fique a vontade para enviar sugestões, ou entre em contato comigo:
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